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Ser alienado de si mesmo é ser pensado pelo outro.

  • Foto do escritor: Cássio Zambelli
    Cássio Zambelli
  • 6 de out. de 2022
  • 1 min de leitura

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Ser alienado de si mesmo é ser pensado pelo outro.


O exercício pensante torna-se inerte perante a futilidade da modernidade. A forma toma predominância à essência e o parecer sobrepõe-se ao ser. O foco na forma reforça a busca por adequação e engodo ao invés da busca por autenticidade, conhecimento e reforma.

O ser alienado passa a ser consumido e construído pela massa impensante de si mesma, não questionadora, mas crítica daquilo que rejeita a predominância da carapaça que a enclausura. Quando a casca é vazia, algo irá ocupá-la. O universo não aceita o vazio absoluto. Se a casca não decide o que a ocupa, alguém decidirá por ela, mesmo que essa definição seja anterior a ela, o padrão ou a tradição.

O ser que pensa a si mesmo não é livre de invasibilidade, mas sempre abre espaço para questionar-se e por isso ser sujeito de si próprio. A forma, por sua vez, adequa-se ao seu conteúdo e torna-se, consequentemente, parte de um todo coerente em busca de autenticidade, de ser a si mesmo apesar das aparências e das exigências expressas nos padrões acéfalos gerados pela massa.


Pensar a si mesmo é um processo constante de autoconstrução. Por isso, as certezas são sempre subjacentes aos questionamentos. Caso contrário, o ser enrijece e a forma predomina.

Aquele que não suporta a solidão, não suporta o peso e si mesmo e, portanto, não abre espaço para criar-se.


- texto de Cássio Zambelli


 
 
 

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